Palavra do Superintendente

Webster Silvino de Oliveira
Diretor Educacional

Mulheres são maioria entre professores, e isso é perceptível. Estima-se que oito em cada dez professores são do sexo feminino, mas não é necessário recorrermos a estatísticas para que cheguemos à tal conclusão, bastando-nos uma breve retrospectiva de nossa vida escolar. Tenho um palpite de que o fato de as mulheres serem maioria entre os educadores se explica pela associação da função do professor a algumas características historicamente tidas como femininas, tais como atenção e afeição. Peculiaridades essas que podem ser associadas ao instinto materno, criando laços emocionais entre docente e alunos.

Obviamente, não estou a dizer que nós homens sejamos inaptos ao magistério, até porque não trato aqui de aptidão, mas, sim, de uma inclinação para o ofício de educar que parece natural na mulher. Tanto que a história da educação tem sido escrita por mulheres que, desde tempos remotos, lutam pela democratização da construção do conhecimento e por processos educativos que concebam os alunos como sujeitos ativos.


Vale ressaltar que, ao abordar a história da mulher na educação, não devemos nos restringir ao seu papel como mestra, mas também como discente, contexto no qual temos assistido a crescentes conquistas. Da educação condicionada ao lar, quando lhe eram ensinadas as tarefas domésticas, a mulher passou pelos colégios só para moças oriundas de famílias abastadas, uma vez que eram particulares tais instituições. No que tange ao ensino público, o ingresso feminino na escola ocorreu apenas em 1880, com a fundação da Escola Normal na Corte do Rio de Janeiro. Houve muita história de lá para cá, de modo que hoje elas são maioria em quase todos os níveis de ensino, sobretudo no ensino superior, ultrapassando os homens também no que concerne a tempo médio de estudos e desempenho escolar.

Perceba que é muito difícil, se não impossível, falar de educação sem mencionar a mulher, que desde sempre tem feito história nesse contexto, deixando a sua marca ao trabalhar em prol de uma educação mais humana e para todos. É a ela que dedicamos esta edição do nosso boletim, que, na verdade, está muito aquém de todas as honrarias às quais é digna. Às nossas alunas, professoras e servidoras de modo geral, as nossas felicitações e nossa gratidão.

Boa leitura!

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