Palavra do Superintendente
Webster Silvino de Oliveira
Diretor Educacional
Eu fico olhando para a História do nosso País e penso: o mesmo setembro que comemora, ao dia 7, a Independência do Brasil, proclamada em 1822, também é marcado, em seu dia 4, pela Lei Eusébio de Queirós e, em seu dia 28, pela Lei do Ventre Livre, promulgadas em 1850 e 1871, respectivamente. Isso prova que, muito embora tenhamos elegido uma data específica como o Dia da Independência, foram – e ainda são – inúmeras as nossas lutas pela independência de fato.
Não mais somos colônia de Portugal, o que é, obviamente, louvável, mas somos mesmo um País independente enquanto o acesso ao trabalho e à educação de qualidade ainda não é uma realidade para todos? Somos mesmo um País independente enquanto somos manipulados por uma política e uma mídia nem sempre idôneas? Somos mesmo um País independente enquanto pessoas com deficiência – que têm o dia 21 também deste mês dedicado a sua luta – ainda se deparam, constantemente, com barreiras de acessibilidade?
Um País dito independente pressupõe a existência de cidadãos também independentes, sendo esse o motivo pelo qual não cessamos de trabalhar em prol de uma educação que liberte. A atuação da SRE Metropolitana B se pauta, diariamente, pelo desejo obstinado de formar sujeitos com a mente livre do medo que tanto nos perseguiu no passado; sujeitos livres de preconceitos, de incertezas, e plenos de autoestima e do desejo de construir um Brasil para todos.
Só os espíritos combativos e munidos da arma do conhecimento têm o verdadeiro potencial de revolução. Portanto, no próximo dia 7, ao levarmos a mão ao peito e entoarmos o nosso belo Hino Nacional, não o façamos somente em virtude de uma independência já conquistada, mas também com vistas a uma independência em processo, pela qual havemos de lutar dia após dia, em todas as esferas.
Boa leitura!
