A Secretaria de Estado de Educação (SEE) distribuiu, às Superintendências Regionais de Ensino (SREs) de todo o Estado, o caderno “Estratégias de Incentivo à Leitura”, elaborado pela Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE, com a contribuição de assessores pedagógicos das SREs. O caderno traz indicações e estratégias visando fortalecer a formação de estudantes professores e leitores da rede estadual de ensino, em todas as etapas de aprendizagem. O documento traça diretrizes e aponta propostas de organização e mobilização de agentes e equipamentos públicos no processo de incentivo à leitura.

O conteúdo da proposição parte de três princípios. O primeiro é tratar a biblioteca como ambiente de contribuição para emancipação dos sujeitos, extrapolando suas próprias paredes, se tornando, assim, um centro irradiador de troca de conhecimento, e não apenas um espaço composto por acervos. O segundo conceito central se refere ao Professor para o Ensino do Uso da Biblioteca (PEUB), que atue efetivamente como mediador de leitura, mesmo não sendo o único responsável pela promoção da leitura, mas que tem como uma de suas principais funções impulsionar e alimentar a relação do aluno com o conhecimento produzido pela cultura. O PEUB/Mediador será promotor da criação de novas formas de relação e interação com a leitura.

Articulado aos dois conceitos anteriores, o terceiro eixo trata do fomento de diferentes estratégias para formação leitora no contexto escolar e fora dele, garantindo as condições de acesso aos bens culturais e as estratégias de incentivo à leitura em diferentes espaços, dentre eles, a própria escola.

O propósito é que essas sugestões sirvam como base de reflexão para reelaboração de estratégias que envolvam toda a comunidade escolar e extrapole os muros da escola, mobilizando as comunidades nos territórios das unidades de ensino, incentivando a apropriação de bens culturais tendo como base o livro e a leitura.

“A proposta inicial seria a criação de clubes de leitura e, então, pensamos em elaborar esses cadernos contendo concepções e princípios que norteariam a estruturação dessas ações, de forma que fosse possível alinhar estratégias de formação desses clubes de leitura com outras propostas de fomento à leitura que venham a surgir”, explica Luana de Araújo Carvalho, da Superintendência de Desenvolvimento da Educação Infantil e Fundamental da SEE.

O caderno indica os papéis dos diversos atores envolvidos na escola, como professores em uso de bibliotecas, regentes, do estudante, da comunidade escolar e das comunidades vizinhas à escola. Quem organizará a logística é a própria escola, que pode ser por faixa etária, com temáticas de interesse de cada público, dividido por texto, escritores ou livros. As escolas também têm a liberdade de criar polos de leitura com unidades de ensino da vizinhança.

Essa é uma proposta inicial, segundo Luana Carvalho, “um primeiro passo” para outras iniciativas. As equipes da Educação Básica já estão elaborando um segundo caderno, a ser distribuído no segundo semestre, contendo um mapa de leitura, apontando os percentuais de estudantes que praticam a leitura, quem e quantos eles são, o que buscam e quais estratégias utilizadas pelas escolas que mais contribuíram como atração dos jovens. “Com esses dados poderemos compreender e analisar o impacto desses cadernos nessas ações e a contribuição dos clubes de leitura nesse pontapé inicial”, conclui.

Por Elian Oliveira (ACS/SEEMG)

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Fonte: educacao.mg.gov.br
Foto: Elian Oliveira/ACS-SEE

 

 

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