Durante o mês de julho do ano corrente, a servidora da Metropolitana B, Anne Caroline Vaz, passou pela experiência de participar, como integrante do Grupo Sarandeiros, do Île-de-France Festival Cultures Cróisees (Festival de Culturas Cruzadas, em português), na cidade de Paris, na França. O evento aconteceu na sede da UNESCO, onde foram apresentados elementos do folclore brasileiro, interpretados através da música e da dança.

A proposta do evento esteve pautada na identificação de elementos simbólicos, sociais e ideológicos que regem a cultura tradicional de cada país, conscientizando sobre sua importância na construção da identidade e dos valores socioculturais dos povos. Nesse sentido, a cultura brasileira é vista como um rico e cativante conjunto de elementos que se mesclaram ao longo da história, e se estabelece como referência no que diz respeito à pluralidade de símbolos base que constituem um povo.

Diante do reconhecimento pela forma como a pesquisa do grupo fora apresentada, a viagem tomou novos rumos, sendo possível ampliar as apresentações do folclore brasileiro para o sul da França, Caribe e Holanda.

O organizador dos festivais e representante da UNESCO, Philippe Beaussant, potencializou as apresentações que estão sendo realizadas, tendo em vista seu papel de valorizar as diversas manifestações culturais diante da conjuntura mundial, de recorrentes ataques terroristas e atitudes de intolerância e desrespeito às diferenças. “Diante do terrorismo que assombra as pessoas em todos os lugares, esse festival, que conta com a participação de vários países apresentando seus espetáculos na França, Holanda e no Caribe, é um alento e um convite ao diálogo e ao respeito à diversidade cultural no mundo", apontou Beaussant.

Foi um mês em contato com grupos de mais de vinte países diferentes, de todos os cantos do mundo, configurando-se para Anne Vaz como uma experiência única de compartilhamento e aprendizado. “Conversar frente a frente com um grupo formado por esquimós russos da região da Sibéria, mexicanos, irlandeses, chilenos, caribenhos, senegaleses, chineses, romenos e até tailandeses é um resumo de como as trocas se deram de forma intensa durante toda a viagem. Aprender sobre os costumes, os símbolos e referências das pessoas de outros países me fez perceber que a diversidade é algo que delimita características muito específicas, às vezes um pouco estranhas a nós, que estamos rodeados de referências ocidentais um tanto quanto americanizadas, por exemplo, mas que, acima de tudo, tem como principal e inevitável consequência a aproximação entre as pessoas.”

Segundo Anne, a diversidade cultural vai além das diferenças existentes entre grupos de pessoas, sendo, em um conceito mais abrangente, o reconhecimento da dinâmica que envolve as tradições, as crenças e os costumes que originam o comportamento que organiza as sociedades. Portanto, a diversidade cultural está envolvida com o acesso e a possibilidade de as pessoas consultarem esse vasto cardápio de conhecimento sobre a história do outro, podendo, com isso, estabelecer relações construtivas com o potencial de promoverem a transformação das nossas ações.

O Grupo Sarandeiros faz parte do projeto de extensão Escola de Dança e Ritmo Sarandeiros, da EEFFTO/UFMG. Sob direção do professor e chefe do Departamento de Educação Física da Escola, Dr. Gustavo Côrtes, o grupo conta com mais de 60 integrantes, dos quais 32 músicos e dançarinos seguiram nesta viagem, onde o Grupo Sarandeiros foi o único representante brasileiro convidado a participar.


Anne Caroline Vaz
Servidora da SRE Metropolitana B
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Fonte:sremetropb.blogspot.com.br
Foto: Anne Caroline Vaz / Divulgação
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