Palavra do Superintendente

Webster Silvino de Oliveira
Diretor Educacional

O mês de abril já foi cenário de importantes fatos da história do nosso país. Do Descobrimento do Brasil (1500) à execução do mártir da Inconfidência Mineira (1792), da Batalha dos Guararapes (1648) à 1º Execução do Hino Nacional Brasileiro (1831), da controversa Abolição da Escravidão Indígena (1680) ao decreto que criou o Dia do Índio (1943), o nosso país seguiu sendo palco de uma obstinada luta pela emancipação. E ainda segue, o que pode ser facilmente comprovado observando a mobilização social nos últimos anos. A despeito de ideologias, não há quem não tenha se posicionado quanto a algo; não há quem não haja se revoltado ou alimentado esperanças; não há quem não haja, de alguma forma, optado por um jeito de viver em meio ao turbilhão de acontecimentos que têm marcado a nossa história.

Eu percebo que, geralmente, é uma questão pontual que leva as pessoas a ocuparem as ruas, e não há nenhum problema nisso. Para a gente que trabalha em educação, no entanto, a manifestação é contínua e se dá dia após dia, ininterruptamente. Se ocupar as ruas é sinal de insatisfação em massa com alguma situação do momento, educar é sinal de uma renitente insatisfação com a realidade que nos cerca; é sinal de uma clara consciência de que construir um futuro melhor, mais igualitário, próspero e sustentável passa por formarmos sujeitos melhores. O professor, mesmo aquele que se diz pouco ou nada envolvido politicamente, é um manifestante pertinaz, que educa porque crê na humanidade e hasteia a bandeira do futuro.

Eu costumo ter muita esperança no mês de abril, pois abril é o mês em que as coisas estão simplesmente acontecendo, não trazendo consigo a responsabilidade de começar ou de encerrar nada, não se arrastando preguiçosamente após um carnaval e tampouco correndo ansiosamente para as férias. Abril é tão-somente um mês comum durante o qual nos cabe encontrar um sentido em meio à nossa própria luta. Nesse contexto, vale tomar emprestadas as palavras do grande Monteiro Lobato, comemorado no dia 18 deste belo mês: "Era em abril, o mês do dia de anos de Pedrinho e por todos considerado o melhor mês do ano. Por quê? Porque não é frio nem quente e não é mês das águas nem de seca – tudo na conta certa!"

Boa leitura!

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