Os computadores das escolas estaduais poderão instalar, a partir de agora, um sistema customizado com aplicativos que atendem aos alunos do Ensino Fundamental ao Profissionalizante. O sistema contemplará também aos jovens com necessidades especiais. Ele foi desenvolvido pelas equipes da Subsecretaria de Tecnologias de Informações e Tecnologias Educacionais e de coordenadores dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) das Superintendências Regionais de Ensino (SREs).

O sistema foi lançado na tarde desta terça-feira (09/05) no Plug Minas, durante o Encontro Gerencial da Secretaria de Estado de Educação (SEE) com os NTEs das Superintendências, que acontece até a quinta feira. São aplicativos de softwares livres, compostos de jogos, edição de vídeos, editores de texto e aplicativos educacionais. Eles atendem também às demandas educacionais de programação para a área educacional e o mercado de trabalho, explica Bruno César Borges, diretor de Tecnologias Aplicadas à Educação, da SEE.

Os coordenadores dos núcleos receberão essa ferramenta que serão aplicadas nas salas de informática. “Faremos capacitação com técnicos de NTE que estarão replicando aos professores sobre como utilizar todos os recursos disponíveis”.

O sistema possibilitará sua utilização por jovens com necessidades especiais, disponibilizando legendas em negrito, audiovisuais e linguagem em libras. Seu uso é off- line, sem necessidade de acessar a rede de internet. Do conteúdo constam materiais de pesquisa e estudos, provas simuladas, todas as Olimpíadas da Matemática (OBMEP), os simulados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), desde 2010, conteúdos para educação infantil e cursos diversos do Ministério da Educação (MEC), com mais de 50 cadernos em PDF.

Encontro
O encontro gerencial acontece durante três dias, com palestras, troca de experiências e simulações de novas tecnologias. “Nosso objetivo é reunir coordenadores e equipes técnicas das 47 SREs para fins de capacitação e formação quanto ao uso de tecnologias nas salas de aula, além de discutirmos o planejamento estratégico de 2017”, explica Robson de Abreu Parreiras, Superintendente de Tecnologias Educacionais.

Na abertura do encontro, Robson Parreiras falou sobre “Transformação Digital, um Desafio para o governo”. Segundo o superintendente, em 2015 foram adquiridos pela SEE 45 mil equipamentos, sendo 38 mil microcomputadores, 3.800 impressoras e 4 mil projetores multimídia. Esses equipamentos foram somados aos existentes, chegando a mais de 45 mil em toda a rede estadual de ensino (escolas, superintendências e órgão central).

Ainda na manhã de terça-feira, o professor e vice-presidente da Sociedade dos Usuários de Tecnologia em Minas Gerais, Lúcio Fonseca, falou sobre “Inovação na Escola: Por quê? Para quê? Como?”. “A inovação na escola é uma demanda do mundo atual, ela permeia todas as áreas e a escola precisa alinhar seu passo com o mundo”, afirmou ele.

Fonseca disse que o professor precisa compreender que a tecnologia está a favor de uma metodologia de ensino “que o faça mais realizado”. “Se tenho um modo de trabalhar que inclua elementos da vida real dos alunos e com isso eles ficam mais empenhados, e ligados na aula, ele (o professor) terá maior retorno sobre o investimento de tempo em preparar e dar a aula”.

Segundo o educador, o sistema educacional ainda não acordou para a necessidade de inovação e ainda prepara pessoas para um mundo que já não existe. “As transformações são muito rápidas e o sistema educacional precisa acertar esse passo”.
Maurício Carmini da Silva, coordenador NTE em São João del Rei, disse que sua expectativa é a melhor possível. “Aqui poderei entender diretrizes e caminhos para trabalhar durante 2017, farei interligações com a própria SEE para afinar um caminhar para fazer a tecnologia chegar até o aluno”.

Para Josiane França e Braga, da Coordenação de NTE de Patrocínio, o “encontro já era esperado há bom tempo e será muito significativo e seus resultados vão aprimorar propostas que já em curso. A parte pedagógica é o cerne de todo o trabalho e o suporte, como diz o próprio nome, é o apoio. Trabalhamos com professores, especialistas que precisam ser preparados para lidar com a tecnologia. Precisam de motivação”.

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Fonte: educacao.mg.gov.br

Foto: Elian Oliveira/ACS-SEE

 

 

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