“Bullying é violência. Seja qual for a maneira como ele se manifesta, é sempre violência.” São esses os dizeres que estampavam a faixa que os alunos da E.E. Gyslaine de Freitas Araújo levaram pelas ruas de Ibirité, durante encerramento do projeto coordenado pelo prof. Douglas Siqueira.

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa ‘valentão’, ‘brigão’. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Desse modo, o projeto intitulado “Bullying não é brincadeira” foi concebido com a intenção de discutir as situações ocorridas no ambiente escolar caracterizadas como bullying, pensando-se, a partir daí, formas de convivência embasadas na amizade, nos valores humanos e na integração no espaço escolar.

Atualmente, não só no ambiente escolar, mas na sociedade como um todo, temos assistido à uma alarmante inversão de valores e esquecimento dos preceitos morais. O resultado disso é o desrespeito, bem como a perda da socialização, da dignidade e da humanidade, abrindo-se brechas para a hipocrisia, covardia, injustiça e discriminação. Nesse âmbito, o projeto surgiu da notória necessidade de se trabalhar com os alunos o retorno a preceitos humanos de dignidade e moral, como foco no cuidado para com os outros, na humanização de nossas ações, no altruísmo e afins. Nesse sentido, o projeto foi executado como forma de desconstruir a lei do mais forte, convergindo para uma natureza de igualdade livre da dominação e da repressão.

Alicerçado na obra de Alessandro Constantini, Augusto Cury e Cleo Fante, o projeto demandou a participação de todos os professores e agentes educacionais, tal a sua natureza interdisciplinar. Dessa forma, criou-se possibilidades de constante ampliação do conhecimento sobre o tema, bem como atitudes preventivas contra o bullying. Assim, inibe-se a prática do bullying tendo como base o princípio de igualdade na diversidade.

A execução do projeto
O desenvolvimento do projeto se deu por meio do estudo e pesquisa da temática junto dos alunos, objetivando reflexões e ações adequadas à identificação e prevenção ao bullying. Nesse contexto, cada atividade foi pensada com o intuito de alertá-los para a real existência do bullying e sensibilizá-los para o potencial destruidor desse tipo de violência.

Nesse sentido, ao longo de um mês os discentes contaram com filmes e documentários sobre o tema, palestras, seminários, dinâmicas, confecção de murais informativos e leituras diversas. Compreendendo-se como parceira dos pais e responsáveis no processo educacional, a E.E. Gyslaine de Freitas Araújo promoveu uma palestra que também os envolveu. A arte também foi tomada como ferramenta contra o bullying no contexto do projeto, que, assim, contou também com apresentação teatral, literatura, fotografia etc. A culminância do projeto se deu com a apresentação dos diferentes trabalhos desenvolvidos pelos alunos e a caminhada contra o bullying.

Num contexto no qual a intolerância parece tomar proporções alarmantes, ao passo que, no extremo oposto, reivindica-se a abordagem de temáticas um tanto delicadas no contexto escolar com a suposta intenção de se promover à tolerância e a liberdade, o trabalho desenvolvido pela Gyslaine – como é carinhosa e comumente chamada a escola – se apresenta como uma prudente abordagem contra a discriminação e em prol da amorosidade e do respeito devido a todos os indivíduos, pelo simples fato de serem todos humanos, a despeito de características, condições ou escolhas.
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Fonte: sremetropb.blogspot.com.br
Texto: Alex Gabriel da Silva
Fotos: E.E. Gyslaine de Freitas Araújo

 

 

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