Palavra do Superintendente

Webster Silvino de Oliveira
Diretor Educacional

Você com certeza conhece aquela metáfora do copo que, a depender do observador, parece quase cheio ou quase vazio, certo? Fato é que há alguns dias, nas minhas andanças pelo mundo virtual, me deparei com uma alternativa à essa metáfora, ou, quem sabe, uma ressignificação da mesma. A imagem apresentava três vezes o mesmo copo, com água até a metade, e os seguintes dizeres: “Para o pessimista, o copo está quase vazio; para o otimista, o copo está quase cheio; para quem tem sede, felizmente, trata-se de um copo d'água”.

Detive-me a refletir sobre aquela mensagem e fiquei ali, em silêncio, fazendo uma analogia com as variadas posturas frente a tudo o que temos visto no cenário nacional. Indo mais a fundo, me vi pensando em tantos companheiros de jornada que, desesperançados, abandonaram a grandiosa missão que é a Educação, ao passo que tantos outros, animados pelas incontáveis conquistas, seguem firmes e confiantes até os dias atuais. São iludidos esses últimos? Absolutamente. Penso serem apenas pessoas que fizeram uma escolha ainda maior que a do otimista da metáfora do copo d'água, percebendo o quão bom é que tenhamos uma Educação pela qual lutar. Que bom que temos escolas. Que bom que temos profissionais dispostos. Que bom que temos ideias, alunos e possibilidades. Que bom! Que bom! Que bom!

Nesse contexto, já não importa tanto se o copo está quase cheio ou quase vazio. Importa é que temos trabalho a ser feito a despeito disso. Importa é o nosso objetivo, independentemente da quantidade de água no copo. Você acha mesmo que grandes homens como Sócrates, Galileu, Jesus e afins eram otimistas em um contexto extremamente hostil? É claro que não! Eles apenas colocaram o foco naquilo que tinham como norte, e não na suposta realidade que se apresentava.

Idealismo, meu caro leitor. O idealista está além do pessimista ou do otimista, e, diferente do que você pode pensar, ser idealista nada tem a ver com ser um sonhador. Pelo contrário, tem a ver com colocar o foco em sua sede e não nas situações externas, que podem tanto nos animar como nos desolar. Tem a ver com reconhecermos que, se temos um copo d'água, então vamos bebê-la.

Boa leitura!

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